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02/05/2017

  • Foto do escritor: carolinasevero
    carolinasevero
  • 15 de mai. de 2017
  • 2 min de leitura

Antes de contar o quanto foi agradável acordar em Muzumuia, quero esclarecer melhor como funciona o projeto da ONG Fraternidade Sem Fronteiras.

Como já havia comentado brevemente em outros textos, a ONG possui 23 Centros de Acolhimento em Moçambique que amparam centenas de crianças e, ainda, jovens e idosos, através do apadrinhamento, o qual é realizado por voluntários do Brasil e em várias parte do mundo. Qualquer pessoa que esteja de coração aberto pode apadrinhar uma criança ou idoso ou, até mesmo, ser um padrinho estrutural, isto é, ajudar com a construção de banheiros, salas de apoio ao trabalho, cozinha, etc. A colaboração financeira de um padrinho é de 50 reais mensais.

No instante em que você se torna um padrinho a causa é fortalecida e multiplicada e a quem você escolheu apadrinhar passa a receber alimentação diária, reforço e material escolar, orientação de higiene e atividades culturais. Além disso, conta com a visita de quatro caravanas anuais compostas por padrinhos voluntários de diferentes áreas do conhecimento, entre os quais médicos, dentistas, educadores, pedagogos, engenheiros, psicólogos e enfermeiros. Assim sendo apadrinhar é fortalecer a causa, multiplicar corações e ampliar o futuro de uma criança e, até mesmo, da ONG!

Agora volto a contar sobre o primeiro dia que acordei em Muzumuia. Foi muito agradável, pois aos poucos dava para ouvir as crianças chegando. As crianças que estudam pela tarde, vão ao Centro pela manhã, almoçam e depois vão para a escola e aquelas que estudam pela tarde, saem da escola e vão direto ao Centro para almoçar e realizar as atividades pela tarde. As escolas não oferecem refeição.

Nesse primeiro dia conhecemos as salas de aulas, a horta, a padaria e foi possível entender que o trabalho realizado pelo projeto é um tanto quanto inteligente e transparente, pois as crianças recebem toda a assistência necessária, porém sem a presença do assistencialismo. Tudo é feito com eles e não para eles, ou seja, eles são ensinados a realizar as atividades diárias e assim, por consequência, se auto sustentarem.

Foi neste dia que fizemos a primeira visita aos idosos que moram em aldeias próximas. Confesso que foi de muito impacto, pois grande parte deles possuem a visão e a locomoção quase extintas, sem falar que sobrevivem sem estrutura alguma. Casinhas de barro, algumas com buracos, sem colchão ou esteira para que possam dormir com o mínimo de conforto, sem água, sem energia. Ainda assim eles dizem com serenidade: KANIMAMBO (Gratidão).

Quantas vezes você já acordou de mau humor? Reclamando? Quantas vezes você achou ruim ficar sem luz e/ou sem água, por no máximo, duas horas? Quantas vezes você dispensou uma refeição porque não era aquilo que estava com vontade de comer?

Para apadrinhar: https://www.fraternidadesemfronteiras.org.br/pt-br/quero-apadrinhar


 
 
 

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