01/05/2017
- carolinasevero
- 15 de mai. de 2017
- 2 min de leitura
Éramos 20 pessoas indo para Moçambique rumo a uma experiência de vida. Pessoas simples, de coração aberto, onde o amor era o limite. O voo foi cansativo por conta do fuso horário com diferença de 5 horas a mais do horário do Brasil e, além disso, por conta das longas horas dentro do avião.
Ao chegar em Maputo (capital de Moçambique) fomos recebidos por pessoas especiais e de significativa diferença na ONG Fraternidade Sem Fronteiras (https://www.fraternidadesemfronteiras.org.br/pt-br) e prontamente já fomos energizados com toda aquela recepção carinhosa e cheia de positividade.
Nosso próximo destino foi a aldeia de Muzumuia, na qual dormimos grande parte da viagem. A ONG possui 23 Centros de Acolhimento e a aldeia de Muzumuia é um deles. A viagem até Muzumuia foi longa, mas durante todo o caminho, apesar do cansaço, as paisagens me chamavam atenção e ali, sentada no ônibus, minhas reflexões já tiveram início.
Na estrada haviam crianças, carregando outras crianças, mulheres carregando objetos na cabeça e mais crianças... Comecei a sentir a diferente realidade e, por incrível que pareça , me senti acolhida. Sabia que estava ali porque há muito tempo eu havia escolhido vivenciar e sentir isso. Com outras palavras eu estava disposta a me doar para o povo africano de alma e coração.
Ao chegar na aldeia de Muzumuia os gritos das crianças de comemoração ao avistarem o ônibus foram de uma emoção indescritível. Ao descermos do ônibus, todas as crianças e adolescentes, lado a lado, cantavam "Obrigado padrinhos...!!!", nos dando as boas vindas da forma mais calorosa e alegre. Me arrepiei de emoção e não poderia ser diferente.
Foi um momento que veio forte em meu coração que eu estava justamente onde deveria estar, realizando exatamente o que eu havia sonhado há seis anos atrás. O impacto foi positivo. O sentimento predominante foi GRATIDÃO e o amor, veja bem, esse sentimento estava sempre comigo. Por onde eu passava, eu queria ser amor.
O dia termina com muita dança e canção.
Essa é uma das primeiras fotos que tirei indo para a aldeia de Muzumuia:

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