Tempo de solo
- carolinasevero
- 12 de nov. de 2015
- 2 min de leitura
Cada momento na aviação é único... Uma vez que fazemos parte de uma tripulação é importante valorizarmos, desfrutarmos e filtrar aquilo que realmente importa durante o tempo juntos, afinal não sabemos quando iremos rever e voar com aqueles colegas novamente. Podemos voar logo com algum deles, mas a tripulação inteira se repetir é raro. Portanto, cada voo é único, pois traz tripulações, momentos, passageiros e destinos diferentes.
Com o intuito de sempre relembrar aquilo que realmente fez sentido e que trouxe um impacto positivo no momento em que foi vivenciado, escrevi esse texto no dia 27 de março de 2015, em São Paulo, durante o tempo de espera para assumir um próximo voo.
"Os aprendizados que venho adquirindo e as palavras que venho ouvindo em meio a esse novo e especial contexto que é a aviação são das mais diversas. Ontem estava de reserva das 10 às 14 horas, então não sabia se iria ou não iria ser acionada para voar.
Estava tranquila, encontro um colega de turma, conversamos, vou ao banheiro e de repente: Comissária Carol Fernandes. Me chamam no balcão para me darem um comunicado e eu, com frio na barriga, me identifico como tal.
Resultado: Sou acionada para assumir o voo de Congonhas para Santos Dumont.
A tripulação inteira era bacana e entre uma conversa e outra, o assunto teve como pauta ESTUDOS x VOOS (fique atento pois será um dos próximos posts!) e a minha colega, que já está quase se formando em Publicidade disse: Só é impossível estudar para quem não quer. Outro colega da tripulação, o qual faz faculdade de Odontologia presencial disse: Dá para estudar sim é só não ter pena de você mesmo. "
Antes de me enxergar como uma Comissária de Voo, eu apenas admirava a profissão justamente pelo fato de ouvir de muitos que eu teria que parar com a minha vida estudantil. Eu não queria isso, não queria começar a voar e me estagnar no que se refere ao meu desenvolvimento intelectual. Portanto, isso era um grande empecilho para mim. Contudo, aos poucos, no tempo certo, eu percebi que por trás de qualquer tripulante é possível ter vida estudantil SIM e, além disso, ter vida pessoal, vida social, etc... Como qualquer profissional!
Por esse motivo que registrei esse momento em palavras e guardo e levo exemplos de pessoas assim comigo, pois como eles também quero fazer a diferença.
Obs: Muitas histórias de voo ainda estão por vir!
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